sexta-feira, 21 de março de 2008

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Durante algum tempo a falta de sorte tem circundado-me. Não sei exatamente o motivo. Talvez, eu esteja pagando por algo que fiz, e ainda não me redimi. Contudo, acredito que não o seja, pois, toda vez que oro, agradeço sempre por mais um dia de vida, peço para que Deus perdoe todos os meus pecados, e abençoe os meus amigos, os amigos dos meus amigos, minha família, meu relacionamento...

Muitas lágrimas rolaram nesse tempo. Contudo, tenho sentido que cada vez mais a emoção em mim, torna-se cada vez mais reprimida. Às vezes, com determinadas situações, em que alguém choraria, eu simplesmente entristeço-me, e penso o pior sobre os meus sentimentos. Questiono-me de minha "frieza". A única coisa que sei, é que não sei até quando eu vou suportar isso. Às vezes, precisamos não chorar, pra poder aparentar sermos fortes, e somos, pois com isso estamos ajudando a outros, dando conselhos e nos fortalecendo. O nosso subconsciente desencadeia uma lógica e indeterminadas alternativas para ajudar o próximo a qualquer custo.
Fiquei muito triste, quando observei a vida do meu primeiro animal de estimação esvair-se. Triste ao ponto de machucar e culpar o próximo, a quem tento sempre proteger... Triste por não poder fazer absolutamente nada... Triste por ter a cruel visão de um ser agonizando em dores... tristeza... emoção nociva que vai nos alimentando ao longo dos anos...

Semana passada, encontrei um gato preto, aparentemente de um mês, na chuva. Mal conseguia se locomover. No dia seguinte, levei-o ao veterinário e lá foi diagnosticado que ele estava consumido por bichos, que alimentavam-se da carne dele, devido aos ferimentos que ele tinha, sem contar o início da sarna. Após sentir fortes dores, enquanto retirava-se os bichos, o animal (chamado de Pierre provisoriamente) já podia mover-se melhor. Ao chegarmos em casa, depois de ter tomado uma série de medicamentos, o gato exausto, foi dormir. Algumas horas mais tarde, notava-se a melhoria em sua locomoção, e alívio, porém, ainda não estava alimentando-se. Na segunda-feira à noite, infelizmente, recebi a notícia da minha irmã, que enquanto ela limpava as remelas dele, ele simplismente faleceu. Fiquei triste com a notícia, gostaria de ter passado mais tempo com ele, se possível anos, entretanto, ele não conseguiu resistir...

Meu primeiro gato, o Naruto, me cativou bastante. Fez com que de fato, eu gostasse de gatos. Acariciava-o infinitas vezes. Sinto muitas saudades dele.
Não me canso de lembrar das vezes em que ele dormia no meu colo, dormia na cama, comigo, no meu braço. Eu gostava muito de acariciá-lo. É muito bom lembrar desses momentos.
Na terça-feira à noite, ao chegar do trabalho, encontro outro gato, na minha porta. De frente para o portão fechado. Ao abrir o portão, ele sobe as escadas, e pára. Eu lá em cima, o chamo. Ao mesmo tempo eu balanço o potinho de ração, e ele vem correndo. Observo-o de cócoras, mas, ele não come. Ele prefere esfregar sua minúscula cabeça, na minha mão, fazendo com que eu acaricie-o até ronronar.

O fato é que resolvi adotá-lo, ainda não o levei no veterinário, por falta de grana. Mas, aparentemente ele está bem. De banho tomado, alimentando-se, e recebendo MUITO carinho. Ele é muito carente e magrinho. Muito bom acariciá-lo, pois, ele é muito dócil. Aparentemente ele tem uns três meses, em breve, irei tirar algumas fotos. Ainda não lhe dei um nome, inclusive, estou aceitando sugestões...

Apesar dos fatos, consegui iniciar um novo ciclo. Na sexta-feira, um dia após a entrevista de emprego, recebi uma ligação notificando-me de que eu havia sido selecionado para fazer parte da empresa. Essa foi a minha primeira semana, na empresa. Está tudo ocorrendo bem. Minhas atividades não serão tão incomuns quanto as que eu costumava praticar.
Um novo começo, uma nova fase, creio que é disso que preciso. Agora é dedicar-se, estudar, aprender, ser feliz e seguir em frente. Que Deus nos abençoe!

Luz e Saúde

Will

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