sábado, 6 de dezembro de 2008

Uma pedra

[Autor: Wiliam Fabricio]

Acostuma-te ao teu tenebroso fim
Que a tua própria alma cultua
Em noite, fria, observa a Lua
Que está tão distante quanto a tua razão.

Vês! A verdade é nua e crua
Assim como a tua própria pele
Que com a proximidade me repele
Tua cútis está pútrida e já fede!

Levanta-te desse imundo chão e te veste
Segue teu rumo, fúnebre, com teu coração,
ainda que a cada canto desse quarto ele infeste

Carregue contigo a tua frialdade
Na cama que me deito, pois,
apenas há espaço para uma pedra.